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Fanático pelo Queen, ex baterista e depressivo

O Queen se tornou parte do meu dia a dia...

Me chamo Rafael Andrade Casado. Filho de Rose e Roberto, irmão da Raquel. marido da Schel e tio do Thomas e Matheus.

Tive a sorte de ter sido apresentado ao Queen através do meu pai e ter obtido tanto apoio da minha mãe para realizar meus sonhos e vontades.

Costumo dizer que sou fanático pelo Queen desde sempre. Os registros da minha memória e as conversas em família apontam que me tornei um fã absoluto em 1994, aos 7 anos de idade, após assistir uma fita VHS contendo uma coletânea de shows ao vivo da banda: “Queen Rare Live”.

Assistir aquela VHS mudou minha vida. Ver as performances do Queen me enlouqueceu. Da noite para o dia eu não queria mais saber de assistir “Os Cavaleiros dos Zodíacos”. Naquele momento me tornei um roqueiro... Melhor dizendo, fui infectado pelo “vírus do fanatismo” e virei um “Queenmaníaco”, (pra alegria de uns e tristeza de outros – até hoje, rs).

Em 1995, eu estava com 8 anos de idade. Meu pai detestava que alguém mexesse nas coisas dele, principalmente nos discos. Mas eu sabia que ele tinha algum álbum do Queen, pois ele sempre estava ouvindo. Um dia fui olhar os LP’s e encontrei, brilhando, bem na minha frente, um dos álbuns mais vendidos na história do rock and roll – (e até hoje o mais vendido do Reino Unido). Se tratava da coletânea “Queen Greatest Hits” de 1981. Não tive escolha a não ser furtar aquele vinil (até hoje está comigo). Ele se tornou minha propriedade e eu cuidava dele como se fosse um bichinho de estimação. É um pouco estranho dizer, mas comecei minha coleção furtando o disco do meu pai, rs.

Ok, preciso deixar uma coisa bem clara: minha carreira no crime foi curta, rs. Os próximos discos foram adquiridos de várias maneiras (todas lícitas, rs): As vezes eu ganhava de presente, outras vezes juntava as moedinhas do lanche do colégio e conseguia comprar mais um vinilzão do Queen. E assim iniciei uma coleção que hoje é sediada especialmente num cômodo com mais de 4 mil itens relacionados a essa banda maravilhosa.

Hoje estou com 38 anos e conduzo uma vida agitada. As vezes nem mesmo consigo organizar meus afazeres. Além de bateria, toco violão e piano (instrumento que tive oportunidade de estudar na adolescência). Também arranho na gaita, Ukulele, entre outros.

Sou bacharel em jornalismo e me especializei no setor automotivo. Assessorei empresas como BMW e Goodyear, além de pilotos equipes de corrida de certames como Stock Car, Fórmula Truck, F1, entre outras categorias.

A paixão pelo automobilismo fez com que eu me dedicasse a ser piloto de kart. Não tive oportunidade de ir além e me tornar um profissional, mas pude participar de diversos campeonatos e sentir um pouco do prazer de ser piloto. (Ainda consegui a proeza de vencer o ex piloto de Fórmula 1 Roberto Pupo Moreno duas vezes, no kartódromo Ayrton Senna).

Em 2016 fundei o fã clube “Queen Online Brasil”, ao lado da minha amiga Luciana Machado. A comunidade se tornou a principal fonte de notícias e curiosidades sobre o quarteto inglês no Brasil.

Nos últimos anos conquistei um espaço interessante entre os fãs da “Rainha”.  Me tornei embaixador da Loja Oficial do Queen no Brasil em 2019, fiz publicidade do filme “Bohemian Rhapsody” para uma ação da famosa marca de sorvetes “Ben & Jerry's”, além de outros trabalhos com a fabricantes de óculos Chilli Beans, num momento em que eles lançaram uma coleção especial inspirada no Queen.

Tenho um canal no YouTube, no qual me dedico trazendo curiosidades e entrevistas sobre o quarteto Inglês. (Um dos bate papos mais interessantes do canal é com o vocalista do tributo oficial “Queen Extravaganza”, Alírio Netto).

 

O amor incondicional fez o Queen compor uma parte importante na minha vida. Me tornei um dos principais colecionadores de memorabílias no Brasil (e talvez no mundo). Uma vez por mês, no mínimo, um item novo ganha espaço no “Quarto sagrado” que abriga o meu acervo.

Atualmente estou concentrado em também fazer a diferença para os fãs do Queen e somar para o vasto acervo do lendário grupo, escrevendo um livro que terá um conteúdo muito especial. (Ainda é segredo)! 

Do piano a bateria

Iniciei meus estudos musicais na adolescência. Frequentei as aulas de piano do conservatório “Vivace Centro de Artes” durante três anos, mas logo saltei para bateria.  No mesmo período, formei uma banda de pop rock com amigos da escola. Apesar do estilo pop, o nome do grupo tinha um apelo diferente: Prodark. 

O conjunto se reunia aos finais de semana para ensaiar músicas do Legião Urbana e Capital Inicial. A Prodark era bem amadora, mas esforçada. Chegamos a participar de pequenos festivais de música, alcançando bons resultados. A banda ficou conhecida nas comunidades do extremo sul da capital Paulista. Não tinha festa em Parelheiros se a banda Prodark não participasse. 

 

Do Rock ao Sertanejo. 

Com 20 anos de idade, um convite chegou através de um amigo que cantava sertanejo. “Precisamos de um baterista para uma série de shows”. Bom, eu sempre admiti que aquele nunca foi meu estilo de música predileto (longe disso), porém, aceitei como um desafio para aprender novas técnicas e respirar novos ares.

Aquilo que duraria alguns meses sobreviveu durante três anos. Acabei me tornando um integrante fixo no projeto da dupla sertaneja. Com uma banda formada e muito bem ensaiada, o grupo fazia grandes apresentações. Abrimos shows para nomes importantes das vertentes caipiras, como Chitãozinho e Xororó e Edson e Hudson. Também gravamos um CD, com uma música de trabalho na qual chegou a tocar nas principais rádios AM e FM de São Paulo e Minas Gerais.​

Queen Cover

Um dos meus maiores sonhos como músico era integrar uma banda cover do Queen. Em 2012, formei a “The Royal Queen Tribute Band” e a “Rock It Band Tributo ao Queen”.  Participei de importantes eventos em homenagem ao Queen, como a edição 2012 do Queen’s Day e Freddie For a Day Brazil, nas edições 2014, 2015 e 2016.

Nos períodos que participei de eventos ligados ao Queen, fiz amizade com a banda Queen Tribute Brazil. Consequentemente fui convidado a participar de alguns shows com o grupo. A amizade foi se solidificando e mesmo quando estava somente assistindo alguma apresentação, prestigiando os colegas, era convidado carinhosamente a subir ao palco para tocar uma ou duas músicas. 

De 2020 a 2022 - Absolute Queen

O ano de 2020 começou e eu abracei a oportunidade de formar a “Absolute Queen Tributo”.  Fiz muitos shows com esse projeto incrível. Em 2022, chegamos a tocar em mais de 40 cidades diferentes. Era incrível poder estar tocando com músicos maravilhosos as canções da minha banda predileta.

Eu estava (ainda estou) com depressão e a única coisa que aliviava a angustia dessa doença era poder tocar ao vivo. Porém, algo aconteceu...

​Minha despedida da bateria

Tive que aposentar as baquetas, sair da banda e enterrar aquilo que mais me fazia bem. Tocar bateria era minha cura, meu escape. Porém, coisas muito covardes aconteceram. Aos poucos vou assimilando e entendendo melhor os acontecimentos. É assustador. Porém, esse tipo de coisa faz a gente acordar pra vida. E hoje consigo ver que o ser humano é cruel e manipulador. (Odeio falar sobre isso).

No dia 1 de Outubro de 2022 fiz minha despedida como baterista. Toquei no projeto “Rockin’1000”, a maior banda de rock do mundo, com mil músicos, no estádio Allianz Parque, para 40 mil pessoas. Foi uma despedida linda, realizando mais um sonho, que era tocar rock and roll num estádio lotado.

Mãe. Irmã, esposa e meu amigo Biel... vocês acreditaram em mim e foram me ver. Nunca esquecerei. Amo vocês

rafaelcasado_Rockin'1000_AlianzParque

© 2024 por Rafael Casado

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